FADEINFESTIVAL 2013
BLIXA BARGELD (líder dos históricos EINSTURZENDE NEUBAUTEN e guitarrista de NICK CAVE AND THE BAD SEEDS durante cerca 20 anos) e TEHO TEARDO (premiado compositor de bandas sonoras de filmes como Il Divo, de Paolo Sorrentino, ou Denti, do já galardoado com um Oscar, Gabriele Salvatores) são os obreiros de “Still Smilling”, um dos discos mais belos, surpreendentes e arrebatadores de 2013. A excepcional obra será apresentada ao vivo em Leiria, num concerto exclusivo de data única em Portugal que certamente escreverá a ouro mais uma página da singular e peculiar história do FADEINFESTIVAL.
Esta colaboração germano-transalpina, iniciada aquando da composição do tema A Quiet Life (para o filme Una Vita Tranquila, de Claudio Cupellini) acabou por vir a dar origem a um disco de fino recorte e elegância, para o qual contribuiu também o Balanescu Quartet. Sobre a obra, aqui fica um excerto da particular visão do reputado jornalista Nuno Galopim: “Still Smiling, tal como o mais recente Push The Sky Away, de Nick Cave, é um disco de canções profundamente marcadas pelas noções de espaço e por uma certa dimensão sinfonista característica da música orquestral para cinema. Estamos por isso num terreno familiar para Teho Teardo, mas igualmente longe de representar um espaço alienígena para Blixa Bargeld, mesmo estando a presença da guitarra longe do protagonismo que essa mesma relação lhe dá nos Bad Seeds. As canções são pequenos mundos de sedutora estranheza, de intrigante melancolia, mais de sombras que de luzes, mais de delicada tensão que real tranquilidade…”.
Estas sublimes composições, com Blixa a expressar-se em italiano, alemão e inglês, e a aproximar-se, por vezes, a timbres que nos remetem para Leonard Cohen, são, ainda segundo Galopim (Sound + Vision), um “belíssimo exemplo de trabalho de escrita de canções que transcende os espaços ‘tradicionais’ da vivência pop/rock e procura outros horizontes”. Procura essa de novos horizontes, afinal, comum ao percurso de décadas que estes dois grandes nomes da cena musical contemporânea têm encetado ao longo das suas carreiras.
E se BLIXA BARGELD dispensa, claramente, qualquer apresentação, convém esclarecer que TEHO TEARDO, para além do reconhecido trabalho que tem feito na música para filmes, foi, no passado, mentor de bandas e projectos como METHEAD, MATERA (com Mick Harris dos Scorn e Napalm Death), HERE (com JF Coleman dos Cop Shoot Cop) ou OPERATOR (com Scott McLoud dos Girls Against Boys). Além disso colaborou ainda com nomes como Nurse With Wound, Placebo, Lydia Lunch, Zeni Geva ou Front 242.
TEHO TEARDO – Guitarra barítono, guitarra elétrica e guitarra acústica, baixo, piano, sintetizadores, percussões, electrónica BLIXA BARGELD – Voz, hammond, clavicórdio, guitarra eléctrica, percussão de água, glockenspiel MARTINA BERTONI – Violoncelo
PRÓXIMO EPISÓDIO FADEINFESTIVAL 2013
OSSO VAIDOSO (pt)
29 JUNHO – BEAT CLUB – LEIRIA
Abertura de portas: 23h30
Acesso: €5,00
Informações: fadein@fadeinfestival.com
Os OSSO VAIDOSO são Alexandre Soares e Ana Deus, duas personalidades de créditos firmados na música portuguesa. Ele com passado nos GNR, por exemplo, na voz e guitarra de um dos maiores hinos da música portuguesa dos anos 80: “Portugal na CEE“. Ela fazendo parelha de voz com o “boavisteiro” João Loureiro nos, então de certo modo inovadores, BAN. E ele e ela, juntos, dando alma e corpo à pop sempre desconcertante e orelhuda dos TRÊS TRISTES TIGRES (sim, sabemos, mesmo a ler é difícil de dizer…)
“Os riffs de guitarra são crus. As melodias são secas e as palavras proferidas soam como lâminas pois conseguem cortar o ar que respiramos. Ao fechar os olhos, enquanto escutamos «Elogio da Pobreza» ou «Cacofonia», verificamos que, por vezes, as canções entranham-se na nossa pele e depois é difícil livrarmo-nos delas”. Era assim que Ana Cláudia Silva definia a sonoridade dos OSSO VAIDOSO quando os entrevistou em Dezembro de 2011, na Rua de Baixo, poucos dias antes da dupla levar “Animal”, o disco de estreia, para o palco.
Os OSSO VAIDOSO vêm ao FADEINFESTIVAL 2013 numa altura em que, para além das brilhantes músicas de “Animal”, têm na bagagem um punhado de novas canções que farão parte do segundo disco, obra essa a editar em breve. Todos os que se deslocarem ao Beat Club, em Leiria, terão, pois, o privilégio de serem brindados com essas composições onde, mais uma vez (e como os próprios gostam de afirmar) é dada “voz aos nervos” e a poetas como Ernesto Melo e Castro, Valter Hugo Mãe, Alberto Pimenta e Regina Guimarães. O universo dos OSSO VAIDOSO estranha-se mas depois entranha-se. Aliás, como a tal bebida que intrigou Pessoa…
PRÓXIMO EPISÓDIO FADEINFESTIVAL 2013
EDEN SYNTHETIC CORPS (pt)
15 JUNHO – BEAT CLUB – LEIRIA
Abertura de portas: 23h30
Acesso: €3,00
(quem quiser pode contribuir com mais, uma vez que a receita apurada neste concerto reverterá
100% a favor da delegação de Leiria da APPC – Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral!)
Informações: fadein@fadeinfestival.com
Os EDEN SYNTHETIC CORPS (também conhecidos por ESC) são a banda mais internacional de Leiria e a maior referência nacional da música electro-industrial. A comprová-lo estão as quase duas dezenas de participações em compilações CD ao lado dos grandes nomes mundiais do género, e os quatro álbuns editados até à data, todos eles com selo da germânica Scanner, etiqueta subsidiária da Dark Dimensions. As suas digressões à Alemanha (onde actuaram no gigante Wave Gotik Treffen, de Leipzig), Ucrânia ou Rússia só vêm reforçar o que peremptoriamente supra-afirmamos. Para terminar a lista de feitos dos ESC refira-se ainda a presença habitual dos seus álbuns no top 10 das “Deutsche Alternative Charts”. Mas em Portugal os ESC também já tiveram oportunidade de brilhar em diversas e importantes ocasiões, quer nas primeiras partes dos SITD ou Combichrist – que na sua primeira vinda a Portugal actuaram em exclusivo no FADEINFESTIVAL 2008 (a segunda foi no Pavilhão Atlântico na primeira parte dos Rammstein) – e também no ENTREMURALHAS 2011.
Formados em 2005, os ESC são compostos por G. Diesel (voz e programações), IDK (voz), Chainheart (teclas, guitarras e programações) e por Hypecrash (teclas e programações). A sua música, na maioria dançável e envolta em sequências electrónicas potentes e melodicamente aprumadas, é agressiva devido, particularmente, às vozes dos seus dois característicos vocalistas. Ao vivo a banda proporciona um espectáculo de elevada qualidade, contagiante, robusto e enérgico.
Mas se a imagem que os EDEN SYNTHETIC CORPS “cultivam” é provocatória e aparentemente hostil, já o âmago dos seus elementos revela bem a matéria de que realmente são feitos: nesta sua terceira participação no FADEINFESTIVAL, que servirá, sobretudo, para a grande apresentação ao vivo do seu mais recente álbum “Breathing Salt”, a banda, numa atitude de grande elevação e consciência social, resolveu, por sua iniciativa, doar a receita que se vier a apurar à delegação de Leiria da APPC – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PARALISIA CEREBRAL, entidade que necessita permanentemente de ajuda financeira para poder, diariamente, ajudar crianças e adultos portadores dos mais variados e complexos síndromes. Uma atitude louvável, nobre e distinta dos EDEN SYNTHETIC CORPS que a FADE IN naturalmente abraça e que, só por si, merece um BEAT CLUB a rebentar pelas costuras! Não fiques de fora!
PRÓXIMO EPISÓDIO FADEINFESTIVAL 2013
LÄMPARA (es) + MISS CAT E O RAPAZ CÃO (pt)
04 MAIO – BEAT CLUB – LEIRIA
Abertura de portas: 23h30
Acesso: €5,00 + Consumo mínimo de uma bebida
Informações: fadein@fadeinfestival.com
LÄMPARA é o projecto “techcrooner” de Javier Ramos Ruiz, músico, realizador e documentarista que ficou conhecido entre a comunidade que frequenta o FADEINFESTIVAL pela sua animalesca e avassaladora prestação no baixo e voz (a voz masculina, naturalmente) no concerto dos espanhóis La Inesperada Sol Dual (também, por vezes, anunciados como LISD), no Beat Club, no passado mês de Fevereiro. Aliás, a dicotomia Lämpara / LISD é algo que está sempre presente, não fossem os seus mentores irmãos (Javier mentor de Lämpara e Ramos Dual mentor dos LISD) que habitualmente colaboram em palco nas prestações ao vivo de cada uma das bandas. O que acontecerá em Leiria não vai ser excepção, por isso em palco voltarão a estar elementos dos LISD!
A música de LÄMPARA não se cataloga num só género. O seu ecletismo estético é uma das suas maiores valências, sendo a voz de Javier o elemento comum que confere ao universo de LÄMPARA um cunho personalizado. O fantástico auto-epíteto de “techcrooner” mostra-nos um artista, e passamos a citar, “que combina a electrónica com a música clássica e experimental dentro de um sistema operativo baseado no rock, chegando a fronteiras que poderíamos denominar de romanticismo industrial onde o vídeo é um dos principais componentes”. Curiosos? Nós estamos em pulgas!
Intitulam-se como “dois vagabundos à procura de alimento”, mas na verdade são dois artistas e peras! Ela, Catarina Trocado Marques Ribeiro, é portadora de uma voz sensual, quente e afoita, tão insidiosa quanto um clima tropical pode ser. Ora mia e beija, ora acaricia e morde. Não fosse ela afinal, Miss Cat, uma felina a toda a escala. Ele é um rapaz. Chama-se Leonel Mendes, mas é perito em disfarces. A maioria das vezes dá-se por Leonel Mendrix e transfigura-se, amiúde, de Sinesteta Albino ou de Rapaz Improvisado (cujo trabalho recentemente editado tem encantado todos que com ele se deparam). Aqui o Rapaz Improvisado é canídeo, por isso vem até nós quando o chamamos de Rapaz Cão. Esta é a prova, afinal, de que gatos e cães se dão! Aliás, aqui, até muitíssimo bem!
A dupla MISS CAT E O RAPAZ CÃO é dona de uma sonoridade fílmica povoada por referências a preto e branco, onde pairam fantasmas de Marc Ribot, Laurie Anderson, Diamanda Galás, Jarboe, Tom Waits, Legendary Pink Dots, Silver Mt Zion, e uma considerável horda de outros não identificáveis vultos, também eles, certamente, de reconhecido pedigree. Ao vivo, a dupla mune-se de uma quantidade assinalável de instrumentos, parafernália essencial para a criação das suas peças sonoras, todas elas imaginadas de uma forma, mas construídas ao vivo sempre de maneiras diferentes. E é aí nessa volatilidade de execução, com espaço reservado para uma boa margem de improviso, que MISS CAT E O RAPAZ CÃO acabam por marcar a diferença! Uma experiência a viver!
EPISÓDIO SIMULTÂNEO DO GRITO ROCK PORTUGAL E FADEINFESTIVAL 2013
LA INESPERADA SOL DUAL (es) + SOLEDAD VÉLEZ (cl) + TEAM MARIA (pt)
23 FEVEREIRO – BEAT CLUB – LEIRIA
Abertura de portas: 22h30
Acesso: €6,00 + Consumo mínimo de uma bebida
Informações: fadein@fadeinfestival.com
Um baterista absolutamente endiabrado e duas vocalistas sensuais possuídas por uma energia infindável, é o que podemos esperar da prestação ao vivo dos LA INESPERADA SOL DUAL. O grupo, que se divide entre Córdoba e Nova Iorque (Ramos Dual é espanhol; Inesperada Bra Show é norte-americana; Sol é mexicana) tem surpreendido a imprensa e todos os que presenciam os seus concertos devido à sua música de pedrigree rock e maquilhagem electro. E se não fosse pela fusão perfeita de estilos que a banda debita, seria, por certo, pela extravagante forma com que se apresenta em palco, num show (na verdadeira acepção da palavra) capaz de colocar o mais amorfo dos apáticos no mais excitado dos frenéticos! Esta será a estreia absoluta e exclusiva dos autores de “We Love U” (um autêntico hit aos sábados, na pista de dança do Beat Club) num palco português! Treinem-se com os seus vídeos e venham preparados para a festa!
Chamar a chilena SOLEDAD VÉLEZ de “um dos segredos mais bem guardados da música pop de tradição folk da actualidade” não é cometer qualquer tipo de sacrilégio. Esta menina de figura frágil e de tez e feições cândidas é dotada de uma poderosa voz, tão densa e apurada quanto uma voz madura e trabalhada pode ser. A prodigiosa capacidade vocal de SOLEDAD VÉLEZ colocá-la-ia, só por si, ao nível de algumas das melhores intérpretes femininas de sempre, mas como se não bastasse, este autêntico Rouxinol dos Andes que adoptou Espanha como pátria de acolhimento, possui um atributo extra que lhe confere um quilate ainda mais valioso: uma aptidão inata para compor canções de fino recorte mas dotadas de uma simplicidade surpreendentemente desarmante. Uma receita, pois, com um potencial inquantificável. SOLEDAD VÉLEZ vai ser grande. Muito grande!
Os TEAM MARIA, autores de “Do It Everywhere” – um dos discos mais frescos (e paradoxalmente mais esquecidos) de 2012 – regressam a um palco onde já brilharam por diversas vezes, desta feita para, finalmente, inscrever o nome na longa e criteriosa lista do Fadeinfestival. O trio, formado por Nuno Rancho (senhor de uma notável obra a solo e músico de “mil e uma outras bandas”), Luis Jerónimo (irmão de Nuno Rancho e uma das figuras centrais dos Nice Weather For Ducks) e André Pereira (músico que revela neste projecto uma singular capacidade criativa), transforma-se ao vivo num quinteto, com a inclusão de Nuno Simões (músico de David Fonseca) e de Tiago Domingues (baterista dos Texas Killer Bee Queen). O electro-pop dos TEAM MARIA pauta-se pela eficiência com que nos contagia, tanto pelo groove nervoso da secção rítmica, como pela esplêndia harmonia vocal com que é timbrado. Não faltando, claro, as melodias muito peculiares da guitarra que preenche o resto do seu especto sonoro.
20 FEVEREIRO – RITZ CLUBE, LISBOA
Nice Weather For Ducks + Soledad Vélez + Erica Buettner
Os Nice Weather For Ducks fazem uma pop solarenga, inteligente e,
por vezes, dancável. A banda, que já inscreveu o seu nome duas
vezes no Fadeinfestival e que já participou no Vodafone Mexefest é,
sobretudo, conhecida pelo single “2012”, um tema em que puseram
toda a gente a cantar “We Will Not Take Part Of It”. Na
verdade, os Animal Collective casaram-se com os Vampire Weekend
e tiveram filhos secretamente ali para os lados de Leiria. Os
“rebentos” cresceram rapidamente e estão prontos a singrar
mundo em diante!
Esta menina de figura frágil e de tez e feições cândidas é dotada
de uma poderosa voz, tão densa e apurada quanto uma voz madura e
trabalhada pode ser. (ler texto completo no início da página)
Há quem a chame de versão feminina de Bon Iver, mas esta
norte-americana que se apaixonou por Portugal é, certamente,
mais do que isso. As suas canções, possuem uma simplicidade e uma
assertividade melódica só ao alcance de quem já maturou a sua forma
de compor e escrever. E depois há a voz, tão bela quanto cristalina.
21 FEVEREIRO – SALÃO BRAZIL, COIMBRA
Soledad Vélez + A Jigsaw + First Breath After Coma
A prodigiosa capacidade vocal de SOLEDAD VÉLEZ colocá-la-ia, só por
si, ao nível de algumas das melhores intérpretes femininas de sempre,
mas como se não bastasse, este autêntico Rouxinol dos Andes que
adoptou Espanha como pátria de acolhimento, possui um atributo extra
que lhe confere um quilate ainda mais valioso: uma aptidão inata para
compor canções de fino recorte mas dotada de uma simplicidade
surpreendentemente desarmante. (ler texto completo no início da página)
Os portugueses A Jigsaw têm surpreendido tudo e todos ao conseguirem,
de forma independente, uma salutar notoriedade internacional, fomentada,
sobretudo, através das suas digressões europeias sazonais. Porém, nada
disto seria relevante se a banda não apresentasse um acervo de canções
minuciosamente elaboradas, com arranjos de uma elegância incomum,
e onde se espraia uma voz grave mas adocicada, que nos embala em contos
de inesperados desfechos.
Os leirienses First Breath After Coma estão num processo de ascensão
meteórica na cena nacional. Em menos de 1 ano venceram o concurso
ZUS!, participaram no Fadeinfestival 2012 e no Vodafone Mexefest, e
inscreveram o seu nome na final do Termómetro 2013. É obra! Tal como
é obra a qualidade estética da sua música, resultado, certamente, da
aprendizagem que uma audição correcta e doseada de uns Sigur Rós ou de
uns Explosions In The Sky pode proporcionar. Boas influências, portanto.
22 FEVEREIRO – MAUS HÁBITOS, PORTO
Birds Are Indie + Soledad Vélez + Olavo Lupia
Os Birds Are Indie são autores de algumas das canções mais bonitas que
conhecemos. A sua música, de reminiscência folk, tem fortes resquícios
do legado Smog de Bill Callahan, mas também nos atira, amiúde, para as
atmosferas virginais de uns Belle And Sebastian despidos de electricidade.
Mas é sobretudo ao vivo que a banda (ainda) mais cativa!
Chamar a chilena SOLEDAD VÉLEZ de “um dos segredos mais bem
guardados da música pop de tradição folk da actualidade” não é cometer
qualquer tipo de sacrilégio. (ler texto completo no início da página)
Um talento inato que maturou anos a fio nas alcovas mais secretas dos
prédios que habitou. António Fonseca de seu verdadeiro nome, apresenta
um repertório de canções originais com alma, tecidas com o mesmo cuidado
com que aborda alguns dos clássicos que ousa versionar, sejam de Tom Waits,
sejam de Van Zandt…
23 Fevereiro – Beat Club, Leiria*
(consultar textos no início desta página)
Produção:
Fade In / Omnichord Records / Once Upon A Draft
*A data de Leiria é também o primeiro episódio do Fadeinfestival 2013
SOBRE O GRITO ROCK
Produzido a partir de sinergias criadas entre associações de produtores desde 2005, o Grito Rock surgiu como uma alternativa ao carnaval tradicional, sendo que na edição de 2013 as suas iniciativas acontecem entre 1 de Fevereiro e 3 de Março. O Festival Grito Rock tem este ano a sua 11ª edição e deve ter episódios em cerca de 300 cidades de 30 países da América Latina, Europa, Oceania e África
Idealizado em 2003 pelo coletivo Espaço Cubo na cidade de Cuiabá (Brasil) o Grito Rock acabou por se ampliar de forma conceptual e geográfica envolvendo produtores de todo o país, sobretudo depois da criação da Fora do Eixo em 2005. A evolução do projecto foi natural e em 2011 o festival aconteceu em mais de 130 cidades de oito países, movimentando 2 mil bandas e aproximadamente 200 mil espectadores.
Na edição do ano passado foram 205 as cidades participantes com o envolvimento direto de aproximadamente 700 produtores culturais de 15 países diferentes.
GRITO ROCK PORTUGAL
O ponto de partida para a organização do festival de música Grito Rock Portugal consiste na formação de um circuito cultural alternativo articulado com o Grito Rock Mundo. O festival pretende ser um espaço cultural itinerante independente onde, a preços acessíveis, qualquer pessoa pode descobrir ao vivo algumas das melhores propostas musicais, não só de Portugal, mas também de outros países com os quais temos ligações históricas e afectivas bastante intensas. Nesta estreia em várias cidades portuguesas houve o cuidado de incluir na programação doze concertos (três bandas por cidade) onde podemos comprovar o que de melhor se faz na nova música Ibérica (embora uma das intervenientes seja sul-americana que adoptou Espanha com pátria emprestada)
O cartaz do Grito Rock Portugal 2013 é composto por artistas escolhidos a dedo que, mais do que promessas, constituem, para quem os viu ao vivo e para grande parte da imprensa especializada, a certeza de que há uma nova geração de músicos e bandas que consegue ser extremamente criativa e, simultaneamente, apresentar-se de forma a cativar um público alargado.
Para além da estratégia de divulgação estar associada ao Grito Rock Mundo, todos estes artistas passam a estar em bases de dados partilhadas pelos programadores de todas as outras cidades, o que lhes pode permitir uma possibilidade de internacionalização.
A estratégia seguida pretende igualmente favorecer o crescimento sustentado do festival através dos próximos anos por forma a criar um público tão consistente como a amplitude do projeto Grito Rock Mundo.
O Grito Rock Portugal pretende também ser um evento que utiliza e potencia os meios de comunicação alternativos, nomeadamente as redes sociais e as webzines, desde a sua divulgação ao seu rescaldo. Nesta edição de 2013 são quatro as cidades portuguesas que o acolhem em quatro dias consecutivos: Lisboa, Coimbra, Porto e Leiria. A agenda itinerante e a sistemática dos espetáculos em dias seguidos tem como objectivo rentabilizar a divulgação nos meios de comunicação nacionais e imprimir-lhe um cunho de festival. O projeto pretende nos anos seguintes integrar novos locais e potenciar a cooperação de programadores entre outras cidades associadas ao Grito Rock Mundo.
Os concertos de Leiria coincidem com o primeiro episódio do Fadeinfestival 2013, evento organizado pela Fade In – Associação de Acção Cultural, entidade que, conjuntamente com a Omnichord Records e a Once Upon A Draft produzem o Grito Rock Portugal.